Sobre Sono e Envelhecimento Dormir Não é Tão Simples
Nesse post você aprenderá sobre as implicações do envelhecimento no sono, sobre perigos de alguns medicamentos e como regular o seu momento de descanso!
Dra Ana Luiza Figueirôa
1/16/20253 min read


Dormir não é tão simples: sobre sono e envelhecimento
Maria, uma idosa de 73 anos, estava acostumada a uma rotina tranquila, mas tudo mudou após a perda do marido. A dificuldade para dormir veio acompanhada de uma ansiedade crescente. O médico sugeriu o uso de Rivotril, e, no início, parecia a solução perfeita. Porém, com o passar dos meses, Maria começou a perceber algo estranho: esquecia compromissos importantes, nomes de pessoas próximas e até mesmo onde havia guardado objetos do dia a dia. Os episódios de esquecimento se intensificaram a ponto de afetar sua confiança e autonomia. Foi então que decidiu buscar ajuda especializada.
Durante o acompanhamento comigo, médica geriatra, identificamos que o uso crônico de benzodiazepínicos, como o Rivotril, estava interferindo na memória de Maria e prejudicando a qualidade do sono. Por meio de estratégias terapêuticas personalizadas, ajustamos sua rotina e introduzimos abordagens mais seguras, como técnicas de relaxamento, suplementação adequada e uma nova organização do dia a dia. Gradualmente, os esquecimentos diminuíram, e Maria recuperou sua qualidade de vida. Cada paciente precisa de um olhar individual, e essa abordagem foi essencial para o sucesso do tratamento.
Como o envelhecimento afeta o sono?
Com a idade, o corpo passa por mudanças que impactam a qualidade do sono. O sono profundo, aquele que realmente descansa e restaura o corpo, diminui bastante. O sono REM, que ajuda na memória e no equilíbrio emocional, também sofre alterações. Além disso, é comum acordar mais vezes durante a noite, o que deixa as noites menos reparadoras.
Essas mudanças acontecem por diversas razões. A melatonina, o hormônio que regula o sono, é produzida em menor quantidade com o tempo. Os centros do cérebro que controlam o sono também ficam menos eficientes. Além disso, condições comuns nos idosos, como dores crônicas, apneia do sono, depressão e doenças neurológicas, dificultam ainda mais o descanso.
Benzodiazepínicos (rivotril) : solução ou problema?
Os benzodiazepínicos, famoso Rivotril, são medicamentos usados para tratar insônia e ansiedade. Eles ajudam a relaxar e dormir mais rápido, mas seu uso prolongado pode trazer mais problemas do que soluções. Esses remédios agem no cérebro para induzir o sono, mas podem causar dependência, confusão e aumentar o risco de quedas em idosos. Além disso, estudos apontam que o uso contínuo de benzodiazepínicos está associado a demências precoces e esquecimentos, possivelmente devido ao impacto negativo que esses medicamentos têm sobre a memória e a função cognitiva.
Como funciona o sono?
Para entender o que acontece com o sono dos idosos, é importante saber como ele funciona. O sono é dividido em duas partes principais: o sono REM e o sono não-REM. O sono não-REM tem três estágios, e o mais profundo (N3) é o que realmente ajuda o corpo a se recuperar.
Enquanto dormimos, o corpo desacelera, a pressão arterial e os batimentos cardíacos caem, e hormônios importantes são liberados. Essas fases são cruciais para o descanso, mas, com o envelhecimento, as interrupções no sono se tornam mais frequentes, e o resultado é uma sensação de cansaço, mesmo depois de uma noite inteira na cama.
Como melhorar o sono na velhice?
Existem diversas maneiras de melhorar o sono dos idosos sem depender de medicamentos. Algumas dicas incluem:
Criar uma rotina: dormir e acordar sempre nos mesmos horários ajuda o corpo a se ajustar.
Evitar cafeína e eletrônicos antes de dormir: esses estimulantes atrapalham o sono.
Manter o quarto escuro e silencioso: o ambiente adequado faz toda a diferença.
Expor-se à luz natural: ajuda a regular o relógio biológico.
Praticar exercícios regularmente: atividade física melhora a qualidade do sono.
Consultar especialistas: uma consulta com uma médica geriatra pode identificar os fatores que afetam o sono e propor estratégias seguras e personalizadas. Durante o atendimento, é possível avaliar o uso de benzodiazepínicos, como o Rivotril, e considerar alternativas mais seguras para preservar a saúde cognitiva e a qualidade do sono.
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Cuidar do sono na terceira idade é essencial para manter a qualidade de vida e a saúde. Dormir bem não é apenas descansar; é dar ao corpo e à mente a energia para viver melhor cada dia.
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